24 de abril de 2024

Safra recorde anima setor e dá impulso a Rota Bioceânica de MS

Produção de soja será superior a 10 milhões de toneladas neste ano com possibilidade de boa colheita

Por Rosana Siqueira | 14/03/2020 08:193116

POordução de soja será recorde este ano no Estado, superando 10 milhões de toneladas. (Arquivo)
POordução de soja será recorde este ano no Estado, superando 10 milhões de toneladas. (Arquivo)

A estimativa recorde de produção de mais de 10 milhões de toneladas de soja anima o setor produtivo e traz otimismo ao setor diante da proximidade da conclusão do corredor bioceânico. A rota partirá de Campo Grande seguirá até Porto Murtinho, ligando Paraguai, Argentina e Chile, encurtando o transporte ao mercado asiático, pelo Oceano Pacífico. 

Porto Murtinho terá, em dois anos, quatro portos operando na Hidrovia do Paraguai e, até 2023, a conclusão da ponte e a pavimentação da Transchaco.

Nesta semana a Conab confirmou que a soja em MS deve alcançar novos níveis recordes, ultrapassando 10 milhões de toneladas na safra 2019/20, número que no início de março já havia sido anunciado na previsão do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga).

Os dados comprovam o perfil sustentável do empresário rural, considerando que o avanço expressivo se deve ao aumento significativo na produtividade, já que a previsão é de que para cada hectare sejam colhidos 3.420 quilos da oleaginosa. Enquanto a previsão é que a elevação da área seja de apenas 3,4%, passando de 2,853 milhões de hectares para 2,950 milhões de hectares.

Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de soja do País e responde por 18,7% do total produzido no Brasil (124,2 milhões de toneladas).

Pesquisa – Para o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a colheita recorde é resultado dos investimentos em pesquisas, que permitiu inclusive o plantio em áreas antes não tradicionais para o cultivo da oleaginosa. 

“Sobre a rota bioceânica […], nós estamos tanto com o novo porto, que será inaugurado nos próximos dias com mais de 100 carretas dentro, como um porto público que tem mais de 50, 60 carretas de soja lançadas. É uma nova saída de produção, através de uma política que foi definida, de usar a hidrovia”, afirmou Verruck durante a Tecnoagro, em Chapadão do Sul, no início desta semana.

A avaliação do secretário é compatível com a afirmação do presidente da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), André Dobashi, que vê a iniciativa como uma nova opção para a produtor. 

“O corredor bioceânico vem a ser uma nova opção, considerando a proximidade em relação ao escoamento de produção do sul do Mato Grosso do Sul, de maneira muito mais rápida e eficiente, fora no tocante à modernidade da iniciativa porque estamos falando de um trajeto relativamente novo e reformado que está em vias de ser uma das rotas mais modernas do País”, diz ele.

Para o gerente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), José de Pádua, a expectativa é que a rota seja importante alternativa para potencializar o comércio de exportação e importação no Brasil. “O novo caminho, que pretende encurtar distâncias e reduzir custos, visa aumentar a competitividade de produtos brasileiros no mercado internacional e contribuir para o desenvolvimento da agropecuária do Brasil e de Mato Grosso do Sul”.

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