Por Ângela Kempfer
O governo federal anunciou há pouco linha de crédito de R$ 40 bilhões para pequenas e médias empresas pagarem 2 meses de salários aos funcionários. Para aderir, é necessário faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. A liberação para adesões deve ocorrer em 2 semanas. Estima-se que a medida atenda 1,4 milhão de empresas, atendendo cerca de 12 milhões de pessoas.
Os valores serão depositados diretamente na conta do trabalhador, que não poderá ser demitido por 60 dias. Para evitar aglomerações em agências, o governo diz que estuda pagamento escalonado, como ocorre com a liberação do saque aniversário do FGTS.
O valor será limitado a dois salários mínimos, mas se o patrão quiser complementar, pode. A taxa de juros será de 3,75% ao ano. Haverá uma carência de seis meses e prazo de pagamento de 36 meses.
O anúncio foi feito pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. “No total, a linha de crédito será de R$ 40 bilhões, durante dois meses. Desse total, 85% (ou R$ 34 bilhões) será subsidiada pelo Tesouro Nacional. O subsídio era uma demanda dos bancos privados para criarem essa linha de crédito”, explicou Roberto Campos.
Serão R$ 20 bilhões ao mês, dinheiro garantido pelo Tesouro, o BNDES, os bancos privados e o Banco Central.
Ainda será preciso aprovar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para permitir ao Banco Central emprestar direto às empresas, nos moldes do que o Federal Reserve (FED, BC americano).
Veja o resumo das medidas:
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS