29 de abril de 2024

Chuva reduz focos, mas Pantanal segue em alerta por risco de novos incêndios

Ambientalista alerta que um rescaldo inadequado das chamas pode desencadear novos incêndios no Pantanal

 
 
 
Após uma semana em chamas e cinco cidades declararem situação de emergência, a chuva aliviou os incêndios florestais na região do Pantanal sul-mato-grossense. Na manhã desta terça-feira (21), os focos estavam praticamente extintos, porém, a situação ainda demanda alerta, pois o satélite que monitora a região não consegue detectar todos os focos.

Atualmente, a maior preocupação recai sobre o rescaldo dos incêndios, uma vez que uma abordagem inadequada pode desencadear novos focos em toda a região. O biólogo e diretor do Instituto SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa, explica que uma simples brasa em troncos de árvore pode resultar em incêndio.

“Assim que a chuva passar e o clima esquentar novamente, as chances de novas queimadas são altíssimas. Essa chuva foi pequena, não suficiente para apagar brasas em troncos. Quando isso ocorre, a brasa reacende, pula para áreas secas e o fogo reinicia”, destaca.
 

No início deste mês, a falta de um rescaldo adequado resultou em um incêndio de grandes proporções que devastou a região do Parque Estadual Encontro das Águas.

“Isso não significa que o problema acabou. Essa chuva proporcionou a oportunidade para um rescaldo adequado e um monitoramento mais preciso, para então extinguir o fogo por completo”, ressalta.

Brigadistas focam no rescaldo das chamas

Pantanal
Ação de combate ao fogo (Divulgação)

A Brigada Alto Pantanal segue monitorando áreas sensíveis na região e mantendo contato com moradores. Nesta terça-feira (21), equipes do Prevfogo (Centro Nacional de  e Combate aos Incêndios Florestais) do  e do Corpo de  de Mato Grosso do Sul estão concentradas no rescaldo das chamas.

Conforme os Bombeiros, 72 militares atuam nos locais de incêndios, dada a previsão de altas temperaturas nos próximos dias. Na última semana, três aeronaves apoiavam os trabalhos de combate às chamas, duas delas ‘air tractor’, capazes de transportar até 3 mil litros de água para áreas de difícil acesso, atuando no Paiaguás e no .

Embora a garoa tenha sido bem-vinda, os ventos ainda favorecem a propagação do fogo. No domingo (19), as equipes do Brigada Pantanal, IHP (Instituo Homem Pantaneiro), Corpo de Bombeiros, Ibama e Prevfogo instalaram mais aceiros para proteger casas ribeirinhas, pois o fogo saltou do rio São Lourenço, ameaçando quem vive às margens do rio Paraguai.

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