18 de abril de 2024

Família de MS que já perdeu 3 para a covid nega que infecções ocorreram por conta de caixão aberto em velório

Vítima de fake news, família sofre com boato e afirma que laudo permitiu velório de irmão

Mylena Rocha e Guilherme Cavalcante 

Na família de seis irmãos, três morreram após serem infectados pelo coronavírus e um está internado.
Na família de seis irmãos, três morreram após serem infectados pelo coronavírus e um está internado. – Reprodução

Em poucos dias, uma família sul-mato-grossense de Bela Vista, a 324 km de Campo Grande, perdeu três pessoas para o coronavírus. Tradicional na cidade, a família Costa perdeu três irmãos em menos de um mês para a covid: Jaime, Ronaldo e Leandro. Mas, o luto da família enfrenta, ainda, a dor decorrente de boatos que espalharam que a infecção de demais membros ocorreu após abertura ilegal do caixão no sepultamento de Jaime, o primeiro dos irmãos a falecer. A família refuta a informação.

Após a boataria de que as contaminações teriam ocorrido com a abertura do caixão, inclusive na imprensa regional, a família pediu a publicação de uma nota de esclarecimento sobre o caso. Na nota divulgada no site Jatobá News, um dos membros da família explica que, diferentemente do que havia sido espalhado na cidade, Jaime Costa foi velado com o caixão aberto porque na ocasião do óbito, o idoso já não trasmitia covid.

A família afirma, inclusive, ter laudo no qual é assegurado que Jaime morreu em decorrência de complicações pós-Covid, ou seja, após se curar do vírus, mas ainda enfrentar os problemas decorrentes da infecção. Após a morte de três irmãos, o quarto está internado em Campo Grande.

Nas redes sociais, os familiares lamentam a perda dos entes queridos. Na família de seis irmãos, dos quais três morreram em decorrência da Covid-19 e um continua internado. Um dos irmãos, Renato Costa, gravou um vídeo de desabafo, no qual informa os falecimentos. “Venho informar que perdi mais um irmão, o terceiro pela Covid. Deus levou o mais velho, Jaime Costa, depois Ronaldo Costa e agora o caçula da família, Leandro Costa Filho”, diz na gravação.

No relato, Renato se emociona e pede que as pessoas evitem aglomerações na cidade. “Vocês continuam com a pelada, tomando cerveja, fazendo festinha e acham que não vai chegar na sua casa. Tome cuidado, pode chegar e fazer uma desgraça, como fez na minha família”, lamenta. 

Ele orientou que as pessoas procurem o médico o quanto antes e que não esperem sintomas como febre e falta de ar. “Peço de coração, o que estou passando não quero que ninguém passe nesta vida”.

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