De acordo com o secretário estadual de saúde, Flavio Britto, o homem era morador de Camapuã e após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) foi transferido para Campo Grande.
Ainda enquanto estava internado, o rapaz apresentou erupções pela pele, um dos principais sintomas da doença. Exames foram coletados e o caso está sob investigação. Segundo o secretário, o paciente era usuário de drogas.
Até a manhã do sábado, último boletim divulgado pela SES apontava 8 casos confirmados pela varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul. Outros 11 casos suspeitos estavam sob investigação. O informe epidemiológico sobre a doença deve ser divulgado semanalmente pela SES.
De acordo com o levantamento estadual, todos os casos confirmados da doença eram homens. Do total, 25% deles tiveram contato com viajantes e 75% dos homens com varíola dos macacos tiveram contato sexual com parceiros casuais.
Em todo o Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde no sábado, os casos confirmados eram 2.004, o dobro do que havia sido registrado há 10 dias. A primeira morte foi confirmada no dia 29 de julho e até o momento, segundo o Ministério da Saúde, só havia este óbito no país.
Sintomas e prevenção da varíola dos macacos
Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.
Em nota emitida na semana passada, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.
Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.
Nos Estados Unidos, último país fora do continente Africano a registrar surto da doença no início dos anos 2000, não houve nenhuma morte causada pela doença. Segundo especialistas, esse cenário revela que com assistência adequada, a doença, apesar de grave, pode não representar uma epidemia, como a causada por vírus respiratórios, como a Covid-19.