José Mauro Filho diz que incidência de casos deve subir na cidade em junho, julho e agosto
Por Leonardo Rocha
O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, prevê um aumento de casos de coronavírus em Campo Grande nos próximos meses, devido o tempo seco. Ainda reconheceu a preocupação com a lotação de hospitais aqui, já que as cidades do interior do Estado tem ampliado o número de contágios, sem estrutura para internações. “Muitas cidades (interior) ainda possuem estruturas de saúde rudimentares”.
Ele reafirmou que apesar da cidade ter o menor incidência de casos entre as capitais, assim como ocupação de leitos, este índice deve crescer em junho, julho e agosto. “São cenários que estão sendo avaliados e vamos tomar medidas de liberar ou restringir de acordo os números de casos e leitos disponíveis”, afirmou, durante audiência pública na Câmara Municipal.
José Mauro ressaltou que a avaliação está sendo feita diariamente. “Por enquanto os estudos realizados mostram que estamos bem avaliados até o momento, longe de um cenário de colapso, mas para isto deve se continuar as medidas de prevenção, assim como aumentar o isolamento”.
Casos do interior – O secretário reconheceu que o aumento de casos de coronavírus no interior do Estado traz muita preocupação, já que segundo o secretário, muitas cidades ainda possuem estruturas “rudimentares” de saúde. “Não deixaremos de atender paciente que precise de tratamento”, garantiu.
Ele citou que em São Paulo, por exemplo, existem cidades do interior com estruturas bem montadas. “Lá eles têm polos bem estruturados em Capinas e Ribeirão do Preto, diferente do que ocorre aqui em Mato Grosso do Sul”. Ainda lembrou que em Dourados, segunda maior cidade do Estado, teria 35 leitos para atender uma região de 800 mil pessoas.
Fiscalização – Questionado pelos vereadores, o secretário disse durante a audiência que todas as compras de equipamentos e materiais para saúde estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público, assim como sindicatos e conselhos de medicina e enfermagem.
Também ponderou que a decisão de alugar leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) da rede privada, em vez de comprar respiradores, segue o modelo de mais eficiência e economia de gastos. Sobre os equipamentos aos profissionais de saúde e pacientes, garantiu que se faltar, prefere fechar a unidade. “Isto não nos ocorreu, mas vamos garantir a segurança”. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS