28 de março de 2024

60% da droga que entra no país passa por Mato Grosso do Sul, diz governadora

Rose reforçou cobrança de Reinaldo à União

Durante agenda pública na manhã desta terça-feira (16), a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) reforçou as cobranças que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fez ao Governo Federal, ao sugerir fechamento das fronteiras com Paraguai e Bolívia, e revelou números alarmantes sobre o narcotráfico na região.

“Precisamos que o governo federal assuma sua responsabilidade”, disparou a governadora em exercício, ao informar que 60% de toda droga consumida no país entrar pelo território sul-mato-grossense.

Segunda ela, o governo estadual já solicitou à União apoio financeiro para garantir segurança na extensa faixa de fronteira do Estado, inclusive com pedido para que Ministério da Defesa enviasse militares do Exército, Marinha e Aeronáutica a Mato Grosso do Sul.

Além disso, o Estado também já requereu repasses financeiros ao governo Federal para custeio dos presos que cumprem pena em Mato Grosso do Sul por crime como tráfico de drogas, que seriam de responsabilidade da União.

“Queremos que o governo federal coloque suas forças na fronteira, é uma responsabilidade compartilhada”, frisou Rose.

Cobrança

Nesta terça-feira, Reinaldo publicou um artigo no jornal Folha de S.Paulo, no qual defendeu o fechamento das fronteiras com a Bolívia e o Paraguai para evitar a entrada de entorpecentes e armas no país. O tucano ainda citou prejuízos causados pelo tráfico de drogas ao Estado.

“Nossas fronteiras estão escancaradas, potencializando Mato Grosso do Sul como corredor do narcotráfico. Os altos índices de crimes não resultam só no estrangulamento do sistema carcerário, mas contribuem também para a hipertrofia do sistema judiciário”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, revelando que o Estado gasta R$ 127,3 milhões ao ano com presos pelo tráfico, que deveria ser custeado pela União.

Fronteira

Ontem, segunda-feira (15), o presidente Michel Temer (MDB) se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, no Palácio do Planalto, para discutir a criação de uma polícia fardada de fronteira.

De acordo com o Jornal Estado de S. Paulo, a nova força da PF atuaria de forma ostensiva na extensa faixa fronteiriça brasileira, que soma mais de 15 mil km, que separa a nação de países produtores de entorpecentes, como Bolívia, Peru, Colômbia e Paraguai.

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse ao Estadão que a nova força da PF ‘é projeto antigo revisitado’, todavia sem prazo para ser posto em prática.

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