26 de abril de 2024

Aprovado no 7º curso mais concorrido do país, jovem de MS estuda 12h por dia

Para o futuro estudante de medicina, Bruno Henrique Monteiro, o segredo é não desistir na primeira tentativa

Para quem prestou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2015, esse comecinho de ano é o momento de decidir que faculdade vai cursar e qual carreira profissional vai seguir. Bruno Henrique Monteiro, 18 anos, também passou por isso, mas já fez a sua matricula no sétimo curso mais concorrido do Brasil, medicina na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

 

Tudo bem, mas o que Bruno tem de tão especial? O jovem foi o segundo colocado na vaga para o curso pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), concorrido por estudantes de todo país e representou o Estado, já que a primeira colocada, Amanda Balogh, é de São Paulo.

 

Na porta da secretaria da universidade, acompanhado do irmão Ricardo, recém-formado em medicina, a alegria nos olhos é evidente. “Eu escolhi fazer medicina por influência do meu irmão, que também é médico. Meus pais, que são dentistas, também me estimularam e apoiaram bastante”, explica.

 

Com a família morando em Bela Vista, Bruno teve que mudar a sua rotina para se dedicar completamente aos estudos, começando com a mudança para Campo Grande. “Eu fiz um ano de cursinho particular, mas não passei. Ano passado todo eu estudei sozinho, das 8h da manhã às 20h. Doze horas direto, com matérias específicas”, conta.

 

Bruno também foi aprovado em medicina em uma faculdade particular, em Rio Verde (GO), mas a realização foi com o resultado do Sisu, que contagiou toda a família. “Nossa, quando a nota saiu, eu estava na casa dos meus pais em Bela Vista, foi uma gritaria só. Fizeram até uma festa para comemorar”, lembra o jovem.

 

Ao contrário de muitos jovens, foi necessário muitos sacrifícios para obter a média 814 no Enem. “Ele morava lá em casa, então eu via o quanto estudava e a dedicação. Ele sacrificou muitas coisas, inclusive finais de semana para conseguir passar”, destacou Ricardo.

 

Finalmente graduando de medicina, Bruno aconselha quem ainda não conseguiu passar no curso que queria. “Eu digo as pessoas que é muito importante não desistir e focar nos estudos, pois as vezes não passamos na primeira tentativa, mas não podemos desistir”, conclui.

 

UEMS

É importante destacar que a UEMS, que agora possui um campus próprio em Campo Grande, é uma das únicas universidades do Brasil a manter de forma permanente cotas para negros e indígenas no curso de medicina. A proporção é de dez a cinco vagas, respectivamente.

Autor: Kamila Alcântara

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